Não é de hoje que o Homem descobriu todo o poder do
mel. Através dos tempos, o mel sempre foi considerado um produto
especial, utilizado pelo Homem desde os tempos mais remotos.
Evidências da sua utilização pelo ser humano aparecem desde a
Pré-história, com inúmeras referências em pinturas e manuscritos
do antigo Egipto, Grécia e Roma.
Existem registos sobre a
utilização do mel como alimento pelos Sumérios na Mesopotâmia
(2.300 anos antes de Cristo). No Antigo Egipto explicava-se a
origem do mel como sendo fruto das lágrimas vertidas por Rá,
deus do Sol. Zeus, pai e rei dos deuses da mitologia grega,
alimentava-se do mel que as abelhas colocavam sobre os seus
lábios. Na antiga China, este néctar cor de ouro e símbolo da
Terra, era dado ao imperador afim de que este encontrasse força,
vigor e clarividência.
O mel, como alimento sagrado, aparece tanto nas
páginas da Bíblia como nas do Corão, onde é citado como o alimento
do paraíso. Para os antigos, sonhar com enxames era sinónimo de
prosperidade. A chamada “Lua-de-mel” teve a sua origem no costume
romano em que a mãe da noiva deixava em cada noite, na alcova
nupcial, à disposição dos recém casados, um pote de mel para
“repor energias”. Esta prática durava toda a lua. Ainda hoje, em
muitos países, encontramos a expressão “Lua-de-mel”.
As abelhas convertem o néctar das flores em mel, o qual
armazenam nas suas colmeias. O néctar é uma solução aquosa,
composta de açúcar, proteínas, ácidos e sais minerais. O processo
de formação do mel começa quando a abelha suga o néctar de uma
flor e o deposita no papo, uma espécie de bolsa que ela tem no
corpo. Aí, e por intermédio de enzimas, o açúcar do néctar é
decomposto em dois açúcares mais simples, a frutose e a glicose.
Quando retorna à colmeia, a abelha deposita o néctar nos favos,
onde o mesmo se irá transformar em mel. Durante esse processo, o
néctar perde grande parte da água que contém, transformando-se
numa substância muito doce, o mel, composto em média por
80% de hidratos de carbono, 15% de água, e 5% de substâncias
diversas (ácidos, sais minerais, vitaminas, etc.).
Contudo, a
composição do mel varia, dependendo da flora que lhe
deu origem, das condições climáticas, da natureza do solo e do
estado fisiológico das colónias, entre muitos outros factores.
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