História do Mel
Antes do surgimento do
homem neste planeta a abelha já existia, e
acredita-se que ela surgiu quando já havia razão
e meio para existir.Sabe-se hoje, por provas
arqueológicas (pedaços de âmbar transparente
envolvendo abelhas), que já existiam abelhas há
42 milhões de anos, idênticas às atuais.Na obra
de Eva Crane (Honey,
a Comprehensive Survey), encontramos
informações de que os sumérios, que se
estabeleceram na Mesopotâmia por volta de 5000 a.
C., já usavam o mel. Dos textos sumérios que
sobreviveram até os nossos dias são conhecidas
duas passagens que falam a respeito do mel.Três
mil anos depois, esta região seria conhecida por
Babilônia. Os babilônios já usavam o mel também
na medicina. Posteriormente, os hititas
invadiram a Babilônia. No código hitita, por
volta de l300 a.C., aparecem as primeiras
referências em uma legislação que regula algo a
respeito de mel e abelhas.Por volta do ano 3400 a.C.,
o soberano do Alto Egito uniu seu reino ao Baixo
Egito. Desde a primeira dinastia, em 3200 a.C.,
adotaram-se as abelhas como símbolo do faraó do
Baixo Egito. O mel era muito usado pelos antigos
egípcios, especialmente pelos sacerdotes, tanto
nos rituais e cerimônias como para alimentar
animais sagrados.Há textos que põem em destaque
a existências de apicultura migratória no antigo
Egito, o que significa que já naquela época era
bastante usado algum tipo de colmeia móvel.Na
Bíblia, no Antigo Testamento, há informação
suficiente para concluir que na Terra Prometida
dos hebreus, “regada por leite e mel”, o mel era
amplamente usado. Em vários textos bíblicos, o
mel também é citado em diversas passagens do
Antigo Testamento, sendo mencionado em
alguns Salmos:
Quão doces são
as tuas palavras ao meu paladar! Mais do que o
mel à minha boca. (salmo 119:103)
O temor do
SENHOR é límpido e permanece para sempre; os
juízos do SENHOR são verdadeiros e todos
igualmente, justos. São mais desejáveis do que
ouro, mais do que muito ouro depurado; e são
mais doces do que o mel e o destilar dos
favos. (Salmo 19:9-10)
No livro de Provérbios, o mel é mencionado pelo
autor como um medicamento, o que demonstra que
os hebreuss já utilizavam esta substância não só
com fins alimentares mas também terapêuticos: Palavras
agradáveis são como favos de mel: doces para a
alma e medicina para o corpo.
(Provérbios 16:24)
Em sua poesia de Cântico dos Cânticos, Salomão,
o mesmo autor da maioria dos Provérbios, faz
outra menção ao mel, incluindo-o como um dos
mais excelentes produtos da época:
Já entrei no
meu jardim, minha irmã, noiva minha; colhi a
minha mirra com a especiaria, comi o
meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o
leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente,
ó amados. (Cantares
5:1)
Acredita-se na existência de apicultura
sistemática já na pré-história, pois a própria
atuação de Aristeu leva-nos à idéia de que
existe uma grande possibilidade de os
personagens mitológicos terem sido seres humanos
que se destacaram por ser inteligentes,
habilidosos ou bem dotados, com o tempo eles
teriam se tornado lenda.
Pela época do historiador Hesíodo, contemporâneo
de Homero, a apicultura sistemática já era um
fato, pois se menciona o “simblous, ou simvlus”,
que eram um tipo de colmeia construída por mãos
humanas.
Escavações feitas em Feston, na ilha de Creta,
por companhias arqueológicas italianas,
trouxeram à luz colmeias de barro que
pertenceram à época minóica, 3400 a.C.,
bem anterior a Hesíodo e Homero. Outros achados
destas escavações revelam o alto estágio da
apicultura desta época. Entre eles estão duas
jóias de ouro; uma delas mostra duas abelhas,
datada de 2500 a.C.,
e foi encontrada nas escavações da antiga cidade
de Cnossos.
Homero, o poeta, na sua consagrada Odisséia,
fala sobre uma mistura de mel e leite, chamada
“melikraton”, que era considerada uma excelente
bebida; menciona também que as filhas órfãs de
Píndaro eram alimentadas pela deusa Vênus
(Afrodite) com queijo, mel e vinho, os mesmos
alimentos usados por Circe, a feiticeira, que
fascinou os companheiros de Ulisses.
Foi Aristóteles quem primeiro fez estudos com
métodos científicos a respeito de abelhas,
“melissas”, utilizando colmeia cilíndrica feita
com ramos de árvores entrelaçados com uma
mistura de barro e estrume de vaca. Esta colmeia
hoje é chamada de “anastomo”ou “cofini”, e em
certas regiões da Macedônia ainda é usada.
No período pré-aristotélico, a apicultura já
tinha em grande parte sido sistematizada, tanto
assim que o grande legislador ateniense Sólon
dedicou-lhe vários artigos da lei, o que
comprova seu estágio avançado naquele tempo. Um
dos artigos proibia a instalação de um novo
apiário a uma distância menor que 300 pés
(90 metros) de um
apiário já existente.
A cesta cilíndrica usada como colmeia possuía
alvado ou buracos por onde entravam as abelhas,
na parte superior, boca, onde eram colocadas de
oito a doze ripas de madeira, paralelas. Ao
longo da parte inferior destas ripas era
derramada cera derretida, bem no meio, e ao
longo de seu comprimento. A partir deste fio de
cera, as abelhas iniciavam a construção de favos
paralelos que chegavam ao fundo da cesta. Estes
foram os primeiros favos móveis de que se têm
notícias.
Com favos móveis, Aristóteles conseguiu
fazer observações valiosíssimas, das quais
algumas sobreviveram até a descoberta do
microscópio, outras até Langstroth, apicultor
estado-unidense do século XIX, o espaço abelha,
e as medidas são válidas até hoje.
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O mel é consumido desde a pré-história e com
o tempo, aprendemos a fazer um manejo sustentável
de forma que pudéssemos aproveitá-lo sem
prejudicar as abelhas. Foi assim que nasceu a
apicultura e, com ela, foi possível extrair outros
produtos como o própolis, a geleia real e o
pólen.Os egípcios foram os pioneiros da criação de
abelhas, enquanto que os povos da mesopotâmia
foram os primeiros a utilizar o mel para fins
medicinais. Os gregos também sempre foram grandes
apicultores e foi Aristóteles quem estudou as
abelhas de perto, percebendo as diferenças entre
abelhas-operárias, abelha-rainha e zangões. Na
Europa, durante a idade média, em alguns lugares
as árvores eram propriedade do governo. Isso
porque elas poderiam servir de abrigo para
colmeias e, sempre que um enxame se estabelecia,
era necessário registrá-lo em cartório para ser
deixado de herança.
Arqueólogos
encontraram ânforas com mel no Egito que foram
guardadas há milhares de anos e estavam em
perfeito estado. O motivo é que a umidade do mel
é muito baixa e ele contém peróxido de
hidrogênio, a mesma substância da água
oxigenada, que impede a proliferação de agentes
contaminantes. Por isso que desde os primórdios,
além de ser considerado o néctar dos deuses, o
mel era utilizado para a cicatrização de
ferimentos. O
mel puro não tem data de validade.
Resultado de uma
das mais fantásticas manifestações da
natureza, o mel fortifica os órgãos vitais,
aumenta nossa disposição e é símbolo de
prosperidade.
Assim como o sal e o azeite, o mel é considerado
alimento sagrado, reverenciado em várias
religiões. Relaciona-se ao sol e ao coração,
nosso centro divino.Uma das propriedades do mel
é justamente fortificar o coração e os pulmões,
órgãos vitais por excelência.
Rico em proteínas, vitaminas, minerais,
carboidratos e enzimas, o mel tem o poder de
regenerar as células e retardar o
envelhecimento.
Tomando 2 colheres por dia a resistência física
aumenta, dando mais disposição e energia.
Cleópatra, a
rainha do Egito(de 69 a 30 a.C.) reconhecida por
sua força sedutora, sabia disso e explorou todas
as possibilidades do mel em seus rituais de
beleza. Misturava essa substância a banhos de
leite de cabra, buscando ter pele de veludo. De
fato, a ciência reconhece que o mel age na
camada superficial da pele, clareando, amaciando
e favorecendo a circulação do sangue. Uma
máscara natural feita com mel de boa qualidade
tem efeito rejuvenescedor. Além de rejuvenescer
e embelezar, o mel guarda em si poderes
mágicos. "É um líquido feminino, relacionado a
Ártemis , a deusa grega das matas, protetora de
todas as mulheres e da liberdade e chamada de
Diana pelos romanos.
O mel amansa e adoça ao mesmo tempo criaturas
indomáveis, como os ursos. Essas feras esquecem
a fúria e tormam-se delicados enquanto se
deliciam com esse líquido doce." Ele tem a
capacidade de dobrar pessoas de gênio difícil ou
os muitos teimosos.
Ter sempre na cozinha à vista um pote cheio de
mel. "A cor dourada e transparente está
associada à prosperidade, ao ouro. Olhar para o
mel é uma forma de estar conectado com o que há
de mais precioso na natureza"
VALE DO MEL -
MATA ATLÂNTICA - APIÁRIO SÍTIO SÃO PEDRO- SÃO LUIS DO
PARAITINGA - SP
REGIÃO DE MATA NATIVA COM INFLUÊNCIA DAS FLORADAS
CAMBARÁ, ASSA PEIXE, ANGICO E EUCALPITO
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